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"É uma bagunça": Tribunais não seguem padrão para pagar verbas a juízes | UOL Prime #61

Do UOL, em São Paulo

13/03/2025 05h30

Nove em cada dez juízes no Brasil ganharam mais do que os ministros do STF em 2024. Por lei, nenhum servidor público deveria receber mais do que eles.

Nem o presidente da República. Mas um levantamento inédito do UOL revela que pelo menos 36 mil funcionários da elite do serviço público fugiram a essa regra, em 2024, e receberam os chamados supersalários.

É sobre esta apuração que José Roberto de Toledo conversa com o colunista Tiago Mali no novo episódio do podcast UOL Prime.

"Algumas categorias profissionais do funcionalismo têm o direito de definir seus próprios rendimentos. Graças a isso, e a muita imaginação e destreza burocrática, conseguem escapar do teto legal de remuneração dos funcionários públicos", comenta Toledo.

Para a série de reportagens "Brasil dos Privilégios", os repórteres do UOL analisaram 57 milhões de pagamentos depositados nas contas de funcionários dos três poderes.

As reportagens expõem casos extremos, como o de juízes que chegaram a ganhar R$ 1 milhão em um único mês.

O teto remuneratório do funcionalismo público no Brasil é de R$ 46 mil reais, referente ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

"A exceção que a Constituição determina são as chamadas verbas indenizatórias", explica Mali.

"Caso você venha, por exemplo, a fazer uma viagem a serviço e você tenha que pagar do próprio bolso as passagens ou as diárias, o Estado vai te devolver esse dinheiro, mesmo que faça com que o seu pagamento mensal supere o teto."

No entanto, com o passar do tempo, houve um desvirtuamento das verbas indenizatórias.

"Várias coisas que antes eram consideradas verbas remuneratórias foram aparecendo e sendo consideradas e classificadas como indenizatórias", comenta o repórter.

É esse sistema que permite a existência dos supersalários para a elite do funcionalismo público.

O podcast UOL Prime é publicado às quintas-feiras no YouTube do UOL Prime, Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music, Deezer e em todas as plataformas de podcast.

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